Nossa Fé



Professamos a Fé da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, Una, Santa, Universal (=Católica), 
Apostólica Verdadeira (=Ortodoxa), conforme apresentamos na sua essência a seguir:

Símbolo dos Apóstolos (ano 48 - séc. I)

Cremos em Deus Pai todo-poderoso, 
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu Filho unigênito, nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado.

Desceu ao mundo dos mortos;
ressuscitou no terceiro dia,
subiu aos céus,
e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Cremos no Espírito Santo,
na Santa Igreja católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição do corpo
e na vida eterna. Amém
.



O Credo Niceno-constantinopolitano (ano 381 - séc. IV)

Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Cremos em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos:
Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado não criado, consubstancial ao Pai.

Por Ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens,
e para a nossa salvação, desceu dos céus:
e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.

Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras;
E subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.


Cremos no Espírito † Santo,
Senhor que dá a vida, e procede do Pai;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.


Cremos na Igreja Una †, Santa, Católica e Apostólica.
Professamos um só batismo para remissão dos pecados.
Esperamos a ressurreição dos mortos;
E a vida do mundo que há de vir. Amém.



Símbolo Atanasiano (Quimqumque) - Credo de Santo Atanásio (sec. IV)

1. Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé universal (católica*). 
2. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente,
perecerá sem dúvida por toda a eternidade.
3. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas
e três Pessoas em um só Deus.

4. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.
5. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho,
outra a do Espírito Santo.

6. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo,
igual a glória e coeterna a majestade.
7. Qual como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
8. O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.
9. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.
10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
11. E contudo não são três eternos, mas um só eterno.
12. Assim como não são três incriados, nem três imensos,
mas um só incriado e um só imenso.
13. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente,
o Espírito Santo é onipotente.

14. E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente.
15. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
16. E contudo não são três deuses, mas um só Deus.
17. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
18. E contudo não são três senhores, mas um só Senhor.
19. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar
que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor,

20. Do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer
que são três deuses ou senhores.
21. O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém.
22. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.
23. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado,
mas procede do Pai pelo Filho.

24. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho,
e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
25. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor,
26. Mas, as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.
27. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade
e a Trindade na unidade.

28. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.
29. Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação
de Nosso Senhor Jesus Cristo.

30. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar
que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.
31. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade;
é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.

32. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.
33. Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade.
34. E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo.
35. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade,
mas porque Deus assumiu a humanidade.

36. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.
37. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem,
assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.

38. Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos
e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.
39. Subiu aos Céus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso,
40. Donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
41. E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos,
42. Para prestar conta dos seus atos.
43. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna,
e os maus para o fogo eterno.

44. Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente
não se poderá salvar. Amém.



* A expressão católica significa universal. Esta não é uma prerrogativa exclusiva da Igreja Romana e não existe

para identificar tal denominação. A palavra católica designa a universalidade da fé cristã, independete de que
se esteja em comunhão ou não com Roma. São católicos todos os que professam e fé acima exposta na sua 
totalidade e integridade. O mesmo podemos afirmar sobre o termo "ortodoxo", esse não é uma designação 
eclesiástica. É a verdadeira fé universal (católica) aqui expressada, na sua mais pura essência. O termo ortodoxo, 
siguinifica "reto", "verdadeiro", aquele que professa a fé verdadeira, ou seja a fé universal (católica) verdadeira 
(ortodoxa).



Concílios que admitimos

Concílio Apostólico de Jerusalém (Sec. I) - Os apóstolos se reuniram em Jerusalém para discutirem e dar solução à questão dos gentios convertidos ao cristianimos diante da controversia judaizante, sobre a circuncinsão. (Conf. Atos dos Apóstolos 15, 6-29).

Os sete Concílios Ecumênicos: Primeiro de Nicéia (ano 325), Primeiro de Constantinopla (381), Éfeso (431), Calcedônia (451), Segundo de Constantinopla (553), Terceiro de Constantinopla (680-681) e o Segundo de Nicéia (787).

Aceitamos, professamos, admitimos, defendemos e anunciamos ainda a Doutrina Dogmática definida no Concílio de Trento (1545-1563), que apesar de ter sido realizado apenas no seio da Igreja de Roma, combateu as heresias dos protestantes, pois acreditamos que também, esta, foi revelada por Deus. Incluindo-se os ritos liturgicos estabelecidos e confirmados por este concílio, e imediatemente no pós-concílio, pela autoridade eclesiástica, como sendo ortodoxos.





Doutrina sobre o Purgatório

Acreditamos, professamos, admitimos, defendemos e anunciamos por fé: que após a morte, a alma humana, espiritual e imortal, mesmo, esta, já sabidamente salva, mas por força do dano devido à gravidade da culpa mediante o dolo que exige reparação. Quando isso não ocorre em vida, mesmo estando absolvida da pena condenatória pelos pecados cometidos, a alma humana passa por um estágio purificatório que afeta e condiciona espiritualmente a alma até que esta satisfaça a justiça divina, conforme interpretação de: 2 Mac 12,44s; Mc 3, 29; Lc 12, 45-48 e 1Co 3, 10. Por esta razão, a igreja peregrina aqui na terra em unidade com a igreja santificante lá no céu, oferece constantemente orações, súplicas, obras de misericórdia, sacrifícios e penitencias em sufrágios das almas dos penitentes, para que alcancem mais rapidamente a visão beatífica de Deus e a glória dos santos.



Doutrina sobre Maria a mãe de Jesus

Acreditamos, professamos, admitimos, defendemos e anunciamos como dogma que a Virgem Maria é a Mãe de Deus; que após a sua dormição foi elevada aos aos céus, de corpo e alma; que a Virgem Maria Mãe de Deus foi concebida sem mancha de pecado, em função de sua missão dada por Deus (Imaculada Conceição).



Disciplina sobre o Celibato

A palavra celibato significa "solteiro" e não abstinência total de sexo. Não negamos o sexo e nem a sexualidade, pois, aí também percebemos o dom divino e uma dimensão da natureza humana que não pode ser negada. Por outro lado, não podemos confundir jamais celibato com "castração" que é emasculação, ou seja, mutilação pela eliminação dos órgãos genitais. Também não podemos confundir celibato com castidade.

Castidade é um dom divino, conforme exclarece Santo Agostinho, bispo de Hipona, e ao mesmo tempo um aspecto que revela o nível de maturidade sexual de uma pessoa quando esta alcança o equilíbrio da sexualidade ao contrário de uma sexualidade desenfreada e que busca apenas a satisfação pessoal pelo prazer individual e egoísta.

Em nossa instituição, o celibato não é obrigatório e ninguém faz votos de castidade. Cada um deve medir sua própria capacidade mediante o estado de vida e de graça a que foi chamado, devendo esforçar-se ao máximo para evitar as paixões desordenadas e procurar um equilíbrio através da vida casta, mas sem que isso lhe seja uma obrigação, como que um peso.

O nosso clero, pode optar livremente por ser celibatário (solteiro) ou casado. Cada um deverá avaliar préviamente sua própria capacidade, mediante a necessidade e o equilíbrio. Obviamente que a vida de castidade como celibatário, conforme nos aconselha as Escrituras Sagradas, torna o fiél mais digno e honrroso, mas nem por isso, quem não consegue ser assim, deixará de ser digno de seu estado. O importante é ser transparente quanto a própria sexualidade diante de Deus e com a ajuda do diretor espiritual poder caminhar dignamente na busca do equilibrio. 

Pessoas sexualmente satisfeitas, são mais realizadas e consequentemente mais felizes. Fazer sexo é bom e faz bem.